quarta-feira, 22 de setembro de 2010

O Perigo de Eleger Tiririca

Andando pela Barra e comendo uma acarajé vi uma criancinha tomando um sorvete com a mãe e o chihuahua. Não parava de passar carros de som com uma cantoria desenfreada de politicos em um processo de lavagem cerebral para que nós não esqueçamos com facilidade seus numeros. Então a guria, que deveria ter uns 4 anos para 5 disse, "mãe por que não vota no Tiririca?" A mãe quase engasga, então, eu não resisti e perguntei por que ela, a criancinha de 4 para 5 anos votaria no Tiririca, e obtive esta resposta: Por que ele é um palhaço! E os palhaços são bonzinhos com as crianças! Eles brincam com a gente e nos fazem felizes. A mãe logo começou a gargalhar, e eu fiquei pensando... Realmente, a mentalidade do eleitor nacional não difere muito dessa menininha...



Nesse rítimo o que iremos ter para as proximas eleições? O Bozo?



A Vovó Mafalda?



Ingenuidades a parte, qual o real perigo de eleger o palhacinho bonzinho? Todo o perigo possivel... A começar por ele querer ser logo de cara um Deputado Federal e nem ao menos saber o que um DF faz. Mas será que ele realmente não sabe? Ou está se aproveitando da nossa cabeça de criança de 4 a 5 anos? Pois então, analise friamente a proposta dele: "Mas o que é que faz um Deputado Federal? Na realidade, eu não sei. Mas vota em mim, que eu te conto!" E a pegada é justamente essa! É que se ele realmente me contar o que faz um Deputado Federal, no Brasil de hoje. Vale o voto. Ainda que ele esteja alí para rir das nossas caras, mas, a crítica que ele faz é séria. Ele é o tipo de cara que não é bobo mesmo. Nós é que somos. E por essa astucia da parte dele que o Ibope esta apavorado com a quantidade de possiveis eleitores, na casa de quase um milhão. Todavia, seu sucesso pode ter o mandato cassado, visto que a propaganda de Tiririca desobedece o Código Eleitoral, que proíbe o emprego de meios publicitários destinados a criar, artificialmente, na opinião pública, estados mentais, emocionais ou passionais; e é isso que ele está fazendo, se aproveitando da frustração e desilusão da população para com o governo e as eleições para fazer seu marketing. Sem citar o fato que Tiririca não possui nenhum bem declaradoo, que tudo dele está em mãos de terceiros, ou seja, para dá um golpe bem dado falta pouco.
Mas a grande questão é: Uma vez eleito, ele terá utilidade? Ele será funcional? E por não saber isso não acredito que ele mereça o meu voto, já que os DF e DE, perderam seu foco e esqueceram que são a voz da população.
Pensa que acabou? Pois bem, isso ainda tem um agravante. Lembram de Éneas? O barbudo da bomba atômica? Meu nome é Éneas? Que pintava a barba de preto e morreu de Leucemia? Pois bem, em 2002, quando Enéas Carneiro (1938-2007), do extinto Prona, foi eleito, ele teve tantos votos, mas tantos que conseguiu levar consigo cinco candidatos. E como isso é possivel? Da seguinte forma: existe um critério da proporcionalidade prevista pela legislação eleitoral. O número de vagas de cada partido é definido pelo quociente eleitoral, a soma de votos dos candidatos e da legenda dividida pelo número de vagas a que cada Estado tem direito. Desta forma, o sistema proporcional cria a possibilidade de parte das vagas no Legislativo serem preenchida por candidatos que receberam. Quanto maior o estado e seu colegio eleitoral mais tiver gente, mais representantes este Estado terá, e isso explica a barganha politica da Bahia, que mesmo sendo um dos estados mais fudidos do nordeste, ficando apenas atrás de Alagoas, consegue ter peso politico em brasilia, por que na Bahia existe população. Só por isso. Logo, Sergipe coitado, um ovinho de codorna, fica numa desvantagem tensa pelo seu tamanho e pela população residente.

Bem, o problema de tudo isso é simples: já existe um plano arquitetado e ele foi escolhido sim para ser um puxador de outros politicos. Veja pelo numero dele, numeros tolos e de facil assimilação, 2222, por exemplo. Esse tipo de numeração não é algo facil de se conseguir, custa caro, mas associar um numero tolo a um palhaço não há quem esqueça. As eleições vão passar e todos vão lembrar desse numero.