domingo, 4 de julho de 2010

Cientistas Fazem Óvulo Fecundar Outro Óvulo

Isso foi pouco divulgado e mal noticiado, por dois motivos, um, que provaria a inutilidade masculina, dois, imagina só a repercussão que isso teria na sociedade (como sempre) iria destruir milhões de crenças, causar centenas de mortes e perseguições! A humanidade ainda está se preparando para esse dia! Até mesmo por que, o mesmo grupo de Japoneses foram obrigados a dizer que era necessário homens e bla bla bla depois, é algo dificílimo de ser encontrado na Internet e a comunidade cientifica pouco tem falado sobre o assunto. E isso deve, e com certeza já é bem estudado, visto que o cromossomo Y pela evolução vai sumir! Já que ele só existe para haver variação genética na espécie. E para entender o motivo do sumiço a única forma é estudando as fêmeas! Até mesmo lendo a noticia, nota-se a preocupação de dizer que não é para fins humanos (o que eu duvido!) que é para estudar células troncos e outras cosias. Na verdade, eles não podem afirmar escancaradamente que é para fazer em mulheres humanas também! Imagina o fuzuê que esses grupos religiosos fariam???? Até mesmo os resultados originais podem ter sido alterados para não gerarem pânico! Mas aposto com quem quiser que é questão de tempo para ser comum lésbicas engravidarem das próprias parceiras! E os homens iriam sumindo. Até mesmo por que chineses conseguiram gerar um camundongo do zero apenas com célula tronco! Com certeza tem lésbica rica financiando isso por trás de tudo!! Só não vem a tona de maneira incisiva por que a opinião publica internacional ainda é muito obscura e machista.

Este foi mais para fabricar celulas troncos em laboratorio:

Cientistas britânicos 'fecundam' óvulo sem usar espermatozóides

Cientistas da Grã-Bretanha anunciaram ter desenvolvido uma técnica para criar embriões humanos sem necessidade de uma fertilização ou de uma clonagem.
A equipe pertence ao Instituto Roslin, da Escócia, o mesmo onde foi criada a ovelha "Dolly", o primeiro mamífero clonado a partir de uma célula adulta.

Os pesquisadores usaram óvulos doados por várias mulheres e os estimularam com impulsos elétricos e substâncias químicas.

As células, então, começaram a se multiplicar e a crescer sem a adição de materiais genéticos de espermatozóides ou de clones.

Células-tronco

Os embriões resultados dessa técnica, que já está sendo chamada de "concepção virgem", contêm apenas cerca de 50 células e jamais se desenvolverão para formar um bebê.

Os cientistas também fizeram questão de enfatizar que não implantarão o embrião em mulheres.

Mesmo assim, eles acreditam que a técnica pode abrir caminho para uma nova fonte de células-tronco.

Pesquisas com esse tipo de células têm levantado polêmica no mundo inteiro, mas a comunidade científica defende que delas pode vir a cura para doenças como o diabetes e o Mal de Parkinson.

...


Mas é esse aqui que realmente interessa! E que, de certa forma, chocou o mundo!


Camundongo fêmea nasce da fusão de 2 óvulos: É o 1.º mamífero produzido apenas com material genético materno, isto é, sem participação masculina

O ESTADO DE S.PAULO, GERAL, Quinta-feira, 22 de abril de 2004 , HERTON ESCOBAR


Os mais exagerados certamente dirão que é o fim da participação do homem na reprodução. De acordo com um artigo publicado hoje na revista Nature, cientistas japoneses e coreanos reproduziram um animal apenas com material genético materno, sem qualquer participação masculina - ou seja, sem espermatozóide -, algo que se pensava ser impossível entre os mamíferos.

Um camundongo fêmea, batizado de Kaguya, nasceu da fusão de dois óvulos, em vez do tradicional óvulo e espermatozóide.

Os pesquisadores deixam claro que a técnica, totalmente experimental, não é voltada para seres humanos, por razões éticas e práticas. Para produzir este único animal, foram "construídos" 417 embriões, que produziram 28 gestações.

Destas, apenas Kaguya sobreviveu - uma taxa de sucesso de 0,6%. O processo também exigiu a modificação genética de uma das mães, o que seria proibido em seres humanos. "É mais uma curiosidade científica", disse Carlos Alberto Moreira Filho, superintendente de Pesquisa do Hospital Albert Einstein.

Este tipo de reprodução assexuada, conhecida como partenogênese, é um evento raro, mas que ocorre naturalmente em plantas e animais, como répteis e insetos. Mesmo sem ser fecundada, uma célula reprodutora começa a se dividir e dá origem a um novo indivíduo. Mas nunca entre mamíferos. O homem, assim como o camundongo, precisa ser formado por uma metade de cromossomos da mãe e outra metade do pai.

A dúvida era essa: por que a partenogênese não ocorre em mamíferos? E a maneira de descobrir foi produzir uma artificialmente. Para isso, os cientistas manipularam o processo de imprinting, uma série de controles bioquímicos misteriosos pelos quais certas cópias de genes estão ligados apenas no cromossomo materno e não no paterno, ou vice-versa. Segundo a geneticista Mayana Zatz, da Universidade de São Paulo (USP), estima-se que o ser humano tenha cerca de 30 genes "imprintados". São poucos, mas cruciais.

Nos outros, as duas cópias são ativas.
O truque dos asiáticos foi fundir dois óvulos, só que um deles com o gene H19, do cromossomo 7, apagado. Na reprodução natural, esse gene está sempre ligado apenas no genoma materno. Além disso, regula a expressão de um outro gene imprintado, o Igf2, que funciona apenas no paterno. Ao excluir o H19, portanto, os cientistas induziram o genoma de um dos óvulos a se comportar, de certa forma, como um espermatozóide. "É como se tivessem feito um imprinting paterno artificialmente", diz a especialista Lygia Pereira, também da USP.

O óvulo com o H19 desligado também foi retirado de camundongos recém-nascidos, antes que o processo natural de imprinting exercesse qualquer influência.

Surpreendentemente, a manipulação de um único gene permitiu que, no embrião resultante, todos os outros genes imprintados fossem também expressos corretamente. Um resultado comemorado, mas que os pesquisadores ainda não sabem explicar. Comprovou-se, entretanto, que o imprinting é mesmo uma barreira à partenogênese natural nos mamíferos. O trabalho foi coordenado por Tomohiro Kono, da Universidade de Agricultura de Tóquio.


Gostaram? Esse daqui é mais especifico!


Japão cria fêmea sem pai com duas mães: Grupo obtém camundongo saudável e fértil com óvulo reconstruído de duas roedoras, sem espermatozóide

Folha de São Paulo, Ciência, quinta-feira, 22 de abril de 2004, SALVADOR NOGUEIRA

Um brinde ao feminismo radical: cientistas anunciaram o nascimento do primeiro mamífero que é filho só da mãe. Ou melhor, de duas mães.

A roedora Kaguya (personagem de um conto de fada japonês), orgulho de um grupo liderado por Tomohiro Kono, da Universidade de Agricultura de Tóquio, foi originada de um óvulo não-fecundado de camundongo. Equipado com duas cópias de genoma materno, vindas de dois animais, ele foi estimulado a se dividir e originar um embrião, como se tivesse sido unido a um espermatozóide.

A participação masculina jamais aconteceu. Para todos os efeitos, o embrião tinha duas mães e nenhum pai.

Ao contrário do que se pode pensar, esse método de reprodução baseado apenas em contribuições femininas é comum na natureza -embora normalmente exija apenas uma mãe. Chama-se partenogênese (do grego, "nascimento virgem") e ocorre em várias espécies animais.

O processo não ocorre em mamíferos, porém. Ou melhor, não ocorria, até Kono e seus colegas mudarem as regras do jogo, em experimentos relatados hoje na revista científica britânica "Nature" (www.nature.com).

Para chegar ao sucesso, eles precisaram negociar um acordo de paz entre os dois conjuntos de genomas maternos, que tendem a rivalizar entre si para ver qual deles realmente "dá as cartas" no desenvolvimento do organismo.

Genomas em guerra

Quase todas as células de um mamífero vêm com seu material genético aos pares. Um dos conjuntos de DNA é cedido pelo pai, e o outro, pela mãe. A exceção são os espermatozóides, que vêm com um só, justamente para servir à reprodução. Os óvulos começam com dois, mas perdem um deles quando fecundados.

O DNA da mãe e do pai têm basicamente os mesmos genes, mas em vários casos apenas uma cópia precisa ser ativada. Quando os genomas materno e paterno se encontram para formar um embrião, já estão com um armistício assinado: cada um fornecerá certos genes para uso no organismo, e seus correspondentes do outro lado serão "desligados", sem conflito. Esse ato de parcimônia genética é chamado pelos cientistas de "imprinting", ou "estampagem".

No caso da partenogênese, quando induzida a ocorrer em mamíferos, o par de genomas materno briga entre si e o resultado é superativação de alguns genes e silenciamento de outros. Nenhum embrião de camundongo criado desse modo costuma sobreviver por mais de dez dias.

A solução encontrada por Kono e companhia foi produzir uma modificação genética numa roedora, apagando numa das cópias um gene que em tese não seria ativado no DNA paterno. Esse "pacote genético" foi então combinado ao de outra roedora, que tinha o genoma inalterado. O óvulo resultante foi então induzido a se dividir e formar um embrião.

Curiosamente, essa mudança não só regulou corretamente a expressão do gene alterado, mas veio acompanhada da regulação de vários outros genes que supostamente seriam vitimados pela ausência da tal estampagem.

O resultado não só demonstrou que a estampagem é o mecanismo que barra a partenogênese em mamíferos, mas também que o problema pode ser contornado.

Dúvidas

Apesar disso, o elo de ligação entre a mutação induzida pelos cientistas e o sucesso experimental ainda é considerado duvidoso por alguns. Rudolf Jaenisch, do Instituto Whitehead, nos EUA, sugere que um mecanismo desconhecido e aleatório pode estar envolvido no resultado positivo.

"Eu acho que é um evento estocástico que algumas vezes faz os camundongos sobreviverem", disse o pesquisador, em entrevista ao site da revista "The Scientist" (www.the-scientist.com).

A razão para desconfiança é justamente a taxa de sucesso. Kono e seus colegas começaram com 457 óvulos, dos quais 371 foram implantados em 24 "roedoras de aluguel". Desses, 28 atingiram um estágio fetal avançado, mas 18 nasceram mortos. Oito sobreviveram só por 15 minutos após o parto. Somente dois nasceram saudáveis, e um deles foi sacrificado para estudo.

A remanescente Kaguya, em compensação, cresceu e até teve seus próprios filhotes -do modo tradicional, é bom que se diga.