A desestruturação, tanto burocrática quanto monetária, desse órgão público chegou a gritantes extremos. Praticamente todo o MEC foi vendido à privatização, e o que é privatização do ensino? Escolas particulares. E por que o sucesso das particulares? Simples, o governo/MEC, simplesmente passou, transferiu a responsabilidade de educar para a população, logo, os empresários mais espertos saem na frente, com seus anúncios baseados em porcentagens distorcidas de aprovação em vestibular.
Mas eu não irei falar sobre vestibular, nem sobre o empresariado da educação, e sim da falta de pedagogia! Sim! Temos um quadro muito complicado hoje em dia!
O MEC possui o mesmo sistema de ensino francês, o elogiado sistema de ensino que a 300 anos atrás fez muito sucesso na Europa até que os teóricos educacionais o questionassem. Sim, a realidade é que o atual sistema de ensino do MEC é tão defasado quanto às pessoas que trabalham nesse órgão. Temos uma educação que sofre cada vez mais um processo alienatório gravíssimos, não são escolas que te ensinam a pensar e sim que impõe a uma criança de oito anos as regras do vestibular que ela só fará daqui a 10 anos. O resultado disso são maçantes horas no colégio sendo açoitados por profissionais que fingem que são pedagogos, pois de nada adianta formar pedagogos se o próprio critério de pedagogia do MEC é totalmente defasado e eles, os pedagogos, são obrigados a se submeterem a isso. E então o quadro clinico: crianças irrequietas que não toleram ficar sentadinhas na carteira, sendo chamadas atenção por besteiras típicas da idade, que inclusive, nunca seriam concertadas por uma bronca, até mesmo por que essas crianças já vem de uma família complicada, pais ausentes ou separados, que inventam cursos de inglês, esportes, e enchem o pirralho de presentes caros visando comprar sua afeição. Todo esse contexto está gerando pessoas totalmente desconectadas de si mesmas, superficialistas, materialistas, que assim que resolverem se auto-afirmar irão correr para drogas e derivados. A idéia que passa é que todo o MEC já nasceu adulto! Eles nunca foram criança, nunca correram, brincaram, não sabem nada disso, e quando pensam que sabem, inventam um tal de construtivismo que não passa de uma farsa para pais politicamente corretos. Construtivismo não existe, simplesmente por que se existisse seriamos todos socráticos e para a indústria do vestibular isso entra em desacordo. Ou seja, o fruto de tudo isso é: criança hiperativa, adolescente ansioso, adulto neurótico que em uma discussão no transito vai pegar uma arma e da um tiro em você, por que simplesmente não sabe lidar com suas próprias emoções. Logo, o atual sistema MEC está gerando uma população doente que sofre de psicopatia coletiva. E isso é um problema, se não fosse, não veríamos pedagogos, estudiosos, diretores de escolas e empresários educacionais de cabelos em pé tentando conter o bullyng. Mas isso será uma outra conversa.
O fato é que existe um descaso, não só da parte do governo, e sim de TODA a população para o conhecimento. O brasileiro não gosta de conhecer e saber, tanto que, se você se destaca nessa área logo dizem que você vai morrer de fome, ainda que pejorativa a brincadeira, estão, infelizmente, certíssimos, pois, desde pequeno você não é estimulado a aprender e sim a decorar por que um dia você vai ser recompensado entrando numa faculdade, as escolas, por conta de uma norma do MEC, não geram cidadãos preparados para o futuro e sim robôs marcadores de X, que quando entram em uma faculdade simplesmente não sabem viver sem se desapegar desse sistema, logo, as faculdade se transformaram em uma mera continuação dessa lógica, e é por que é particular? Não, na federal também é assim, mas como existe o “sonho federal” esses aspectos são maquiados quando diz respeito à mesma. E esse descaso começou agora? Não, é assim, é do brasileiro ser farrento, desde sua origem histórica ele é assim, e cultura não muda da noite para o dia, agora uma coisa é certa, quem farreia de mais não tem tempo para estudar e inclusive acha isso uma perda de tempo. Aí está a origem do problema. Não basta investir bilhões na educação, se todo o contexto do brasileiro é anti-educacional, é correto ir para um lugar onde os alunos tem aulas embaixo de arvores e falar de inclusão digital? Isso só gera choques culturas e mais problema ainda!
E o que fazer perante isso? Bem, logo de cara tirar todo esse povo que vai para o MEC passar tempo e por gente com sede de mudanças para poder exigir, bater o pé e infernizar o governo por elas, já que o MEC tabelou o alunado nacional em full HD perfeito que tudo decoram, quase uma legião de aspengers, o que é um problema, já que, falando neles, o MEC não tem a MENOR estrutura para poder acolher as exceções, não tem a menor estrutura para receber e ensinar à alunos hiperativos, com TDA, TDAH, decepção, síndrome do pânico, esquizofrenia, discalculia, dislexia, dispraxia, TOC, Sindrome de Down, autista, só para citar alguns. Ou seja, esse povo todo está FORA do sistema de ensino, forçados a se adaptar a uma realidade que não pertencem resultando em uma série de problemas de sociabilização, afinal, como os nossos queridos pedagogos não tem o preparo necessário para lidar com esse pessoal e muito menos o controle de turma, essas pessoas são a piada do corredor e vítimas de ataques físicos violentíssimos de auto afirmação dos colegas, logo, está todo mundo louco nessa porra e o MEC ajuda a piorar TUDO! Pois essas pessoas existem e são simplesmente IGNORADAS pelo sistema! E por que o sistema é bruto? Por que existe no final do longo corredor escuro (que representa sua vida escolar) um demônio chamado vestibular, e todo uma indústria milionária lucrando com isso.