quinta-feira, 8 de julho de 2010

Eu, o Rock Nacional e Salvador/BA

Esta semana estava em uma conferência no msn com amigos da Oldschool do rock soteropolitano. Cenário este que teve seu auge nos anos 2005/2006, e que após esse período entrou em decadência. Mas então o que será que proporcionou esta “queda” no rock baiano? Culpa das bandas? Culpa do movimento? Nova geração?
Diversos motivos foram apontados por meus amigos durante a conversa. Antigamente tanto o pessoal do Hardcore/punk como os emos escutavam bandas que tinham algo útil a oferecer, tanto nas melodias quanto nas letras. Bandas nacionais e internacionais de renome e respeito no cenário. A juventude do rock soteropolitano de Salvador nos anos 2005/2006 era muita mais unida em prol da amizade coletiva e da música, tendo em vista que as bandas dependem de público, e os shows underground da época sempre tinha um público fiel. Todo mundo se conhecia e a cada dia traziam novos adeptos à causa.
Acontece então, repentinamente, um boom do emocore exagerado e o surgimento das chamadas bandas coloridas. Calças folgadas deram lugar a calças laranja ou verde apertadas, camisas de banda de rock foram trocadas por camisas de cores berrantes, e as bandas que antes tinham renome se venderam e mudaram seu estilo. Como disse o Tico Santa Cruz, “se tivéssemos ainda bandas de renome no cenário do rock underground nacional, não teríamos bandas por aí inspiradas em teletubies, deixando a música de lado”.
Bandas como Dead Fish, Raimundos, CPM22 tem sido trocadas por Restart, Cine. Onde o cenário do rock nacional irá parar daqui a quatro ou cinco anos? Com uma juventude com mente focada em modismo, sem senso musical e com péssimo estilo visual, torna-se difícil imaginar uma melhora significativa em qualquer um destes aspectos.
Fica o apelo e a esperança que a galera Oldschool se reuna novamente e ponha ordem na casa, influenciando e ajudado as próximas gerações a dar segmento ao bom gosto musical e ao bom e velho Rock’n roll underground brasileiro.

Agradecimentos aos amigos no singelo debate: Safira, Vanessa e Tutu.

By: Guaraci F. Von Kostrisch Bertoli