sexta-feira, 1 de outubro de 2010

Agressividade By Joana de Ângelis

A tempos eu já estava afim de escrever sobre agressividade, sobre essa sociedade pos-moderna doente e esse valores distorcidos, ontem, quando eu estava no centro, me presentearam com essa pequena página psicografada, e coincidentemente [?] abordando EXATAMENTE o tema que eu estava afim de discorrer. Pois bem, nada melhor que divulgar o seu pensamento, já que ela o fez com maestria! Por isso, esse texto NÃO foi criação minha e sim, uma psicografia feita por Divaldo Franco pelo espirito de Joana de Ângelis. Aproveitando para divulgar o trabalho de ambos, para quem não conhece.

Agressividade



Vivem-se, na atualidade, os dias de descontrole emocional e espiritual no querido orbe terrestre.
O tumulto desenfreado, fruto espúrio das paixões servis, invade quase todas as mentes invigilantes, levando-as a suspeitas infundadas e contínuas, bem como a reações doentias nas mais diversas circunstâncias.
A proibidade cede lugar à avareza, enquanto a simpatia e a afabilidade são substituídas pela animosidade contumaz.
As pessoas mal suportam-se umas às outras, explodindo por motivos irrelevantes, sem significado.
Explica-se que muitos fatoes sociológicos são os responsáveis pelas ocorrencias infelizes.
Apontam-se a fugacidade de todas as coisas, a celeridade do relógio, o medo, a solidão, e a ansiedade como responsáveis pela frustração dos indivíduos, gerando as situações agressivas, que os armam de violência e de pervercidade.
A cultura e a ética não tem conseguido acalmar os ânimos, deixando que a arrogância e a presunção enganosas tomem conta dos incautos que se lhes submetem docemente.
Os relacionamentos sem afetividade real, estimulados por interesses nem sempre nobres, tornam-se rápidos, diluindo-se com facilidade, quando não se transformam em antagonismos, em decorrência de alguma negativa que se torna oportuna e é direcionada ao outro.
A maledicência perversa grassa nos arraiais dos grupos, minando as bases frageis das amizades superficiais, e, não poucas vezes, transformando-se em calúnias insidiosas. Mesmo entre as pessoas vinculadas às doutrinas religiosas libertadoras que se baseiam no amor e na caridade, no respeito ao próximo e no culto ao deveres morais, o vício infeliz permanece destruidor.
Armando-se de mau humor, não poucos homens e mulheres externam o enfado ou os sentimentos controvestidos em que se consomem, dando lugar a situações vexatórias. Em mecanismo de transferência psicológica atiram os seus conflitos à responsabilidade dos outros, como se estivessem desforçando-se da inveja que experimentam em relação aos mesmos.
Aumenta, assustadoramente, a agressividade, nestes dias, nos grupos humanos, sem que haja um programa de reequilíbrio, de harmonisação individual ou coletiva.
Trata-se de uma guerra não declarada, cujos efeitos perniciosos atemorizam a sociedade.
As autoridades dizem-se atadas a dificuldades quase insuperáveis em razão do suborno, do tráfico de drogas, dos desafios administrativos, da ausência de pessoal habilitado para os enfrentamentos, falhando, quase sempre, nas providências tomadas.
Permanecem, desse modo, os comportamentos infelizes nos lares, nos educandários, nas vias públicas, no trabalho...
A agressividade é doença da alma que deve merecer cuidados muito especiais desde a infância, educando-se o iniciante na experiência terrestre, de forma que possa dispor de recursos para vencer a inferioridade moral que traz de existências transatas ou que adquire na convivência doentia da família...

***

A agressividade é herança cruel do medo ancestral, que remanesce no Espírito desde priscas eras.
Não diluído pela segurança psicológica adquirida mediante a fé religiosa, a reflexão, a psicoterapia acadêmica, a oração, domina os recônditos do sentimento e exterioriza-se de forma infeliz na agressividade.
A ausência dos diálogos domésticos saudáveis entre pais, filhos e cônjuges ou parceiros, que se agridem mutuamente, sempre ressentidos, extrapola do lar em direção à via pública, transformada em campo de batalha, segue rumo do local de trabalho, e até aos clubes de recreação em contínuo destrambelho das emoções.
Nesse contubérnio afligênte, Espíritos irresponsáveis e frívolus aproveitam-se das vibrações deletérias e misturam-se com esses combatentes pertubados, aumentando-lhes a ferocidade e estimulando-lhes os instintos inferiores.
O resultado são os crimes hediondos, asselvajados, estarrecedores, que aumentam o índice de maldade sem razão da ingestão de bebidas alcoólicas, de drogas alucinates e fatais...
A civilização contemporânea periclita nos seus alicerces materialistas, ameaçada pela agressividade e pelo desrrespeito moral que assolam sem freio.
Sem dúvida, estudiosos do comportamento, educadores sinceros e devotados, religiosos abnegados, pensadores sensatos e sociólogos lúcidos vêm investindo os seus melhores recursos na construção de nova mentalidade saudável, em tentativas ainda não vitoriosas para a reversão do quadro aparvalhante, confiantes, no entanto, nos resultados futuros.
O progresso moral é lento e exige sacríficios de todos os cidadãos que aspiram pela felicidade e pela harmonia da Terra.
As respeitáveis contribuições da ciência e da tecnologia, valiosas, sob qualquer aspecto consideradas, respondem por muitas modificações das estruturas ultramontanas, suprimindo a ignorância e o primitivismo. Nada obstante, também, são usadas para o crime de várias denominações, especialmente através dos veículos da mídia: os periódicos, a internet, a televisão assim como o teatro e o cinema, com sua complexa penetração nas massas, às vezes, usados vergonhosamente e sem qualquer controle, oferecendo campo de vulgaridades e informações que preparam delinquentes e viciosos...
A rigor, com as nobres exceções existentes, a sociedade moderna encontra-se enferma gravemente, necessitando de urgentes cuidados, que o sofrimento, igualmente generalizando-se, conseguirá, no momento próprio, oferecer a recuperação, o reencontro com a saúde após a exaustão pelas dores...
Instala-se, desse modo, lentamente, o período da paz, da brandura da fraternidade.
Sofrido, o ser humano ver-se-á compelido a fazer a viagem de volta às questões simples e afáveis, à amizade e à ternura, qual o filho pródigo de retorno ao lar paterno após as extravagântes experiências que se permitiu.
Que se não demorem esses dias, que dependerão do livre-arbítrio dos indivíduos em particular e da sociedade em geral, embora, o progresso seja inevitável, apressando-se em razão das opções humanas.

***

A agressividade infeliz é doença passageira, embora os grandes danos que produz, cedendo lugar à pacificação.
Torna dócil a tua voz, nestes turbulentos dias de algazarra, e gentis os teus gestos ante os tumultos e choques pessoais...
Com Sua sabedoria ímpar Jesus assinalou:
- Bem-aventurados os mansos porque eles herdarão a terra (*)
Suavemente permite que a mansidão domine os territórios das tuas emoções, substituindo esses infelizes mecanismos da inferioridade moral pelos abençoados valores da verdade.

(Página psicografada pelo médium Divaldo Pereira Franco, na sessão mediúnica da noite de 15 de março de 2010, no centro espírita Caminho da Redenção, em Salvador Bahia.)

(*) Mateus: 5-5
Nota da Autora espiritual.

Visitem: www.mansaodocaminho.com.br