Não votarei em Dilma por que ela é sapatão, não votarei em Serra por que ele vai serrar o Brasil... Tenho visto muito isso, pessoas que estão se valendo de argumentações sem o menor fundamento lógico para decidir em quem vai votar ou deixar de votar. Agora, vamos começar do começo.
Uma criança de 5 anos de idade não vota por um motivo bem simples: não possui maturidade para poder fazer uma analise crítica da situação do seu país, ela não tem malícia, muito menos conhecimento acadêmico suficiente para poder está apto a perceber quando a midia manipuladora está distorcendo informações, tendem a acreditar em tudo que vêem apenas abaixando a cabeça e dizendo amém. Acreditam que, por exemplo, só por que a ONU é contra a formação do Estado da Palestina, ela deve ser também sem ao menos se questionar se é correto a ONU poder afirmar isso, desmerecendo aquela população sem território. Uma criança de cinco anos NUNCA vai poder analisar esses fatos de maneira coerente, avaliando os prós e os contras, criticando quando necessário e desenvolvendo sua opinião por um simples motivo: ela tem cinco anos, o que ela quer é brincar, assuntos mundanos para ela é irrelevante, com tanto que não interfiram em sua brincadeira. Ou seja, perguntando a um criancinha de cinco anos de idade, em quem ela votaria, logo de cara sairia Xuxa, Mara Maravilha, Angelica, Sergio Malandro, Eliana, Tiririca, Bozo, Tia Penha e seus derivados. Por que uma criança votaria em uma pessoa assim? Como eu já disse, por que ela tem cinco anos, logo, votaria apenas em alguém que ela enxergasse apto a promover o seu mundo pueril. Da mesma maneira que um Otaku provavelmente votaria em um cara que deixaria o Japão tomar as rédeas do Brasil desmerecendo toda a soberania nacional e um neonazista votaria em um antissemita qualquer. Logo, para cada realidade existe alguém que irá promover o prolongamento da mesma. E vale o mesmo para o alienado, ou, eleitor menor de idade mental. Um eleitor menor de idade mental é isso: uma pessoa que se mune de achismos e fantasias para justificar o voto do seu candidato ou o não voto em um outro. Para ambos os casos notamos claramente a falta de capacidade em se divorciar da midia em busca de outras fontes de informações, e quando o faz aceita-o sem nem ao menos pensar se deveria está acreditando em tudo aquilo, não averigua as procedência das informações, e dessa forma, nem adianta buscar outras fontes de informações se a pessoa é totalmente incapaz de raciocinar algo coerente! Só por que foi um filosofo que falou, não adianta repetir se você nada entendeu, na verdade, achou apenas bonito, ou pior, pensa que entendeu quando na verdade, nada sabe!
E o eleitorado nacional atualmente está assim, e isso é tao grave e claramente visível que as campanhas políticas agora focam EXATAMENTE isso. Elas não mostram propostas, planos, não dão dados fundamentados e detalhados, elas atacam uns aos outros, dados especificos ficam restritos a uma elite intelectual que sabe onde acha-los, para a massa, o resto, o rebanho da população basta aquela babaquice eleitoral, recheada de absurdos. E isso acontece por que o eleitor quer, o eleitor que não questiona, que não participa ativamente, não estuda, não vai atrás procurar entender sem medo de ser feliz nunca vai desenvolver um pensamento analitico. Todavia, o que vemos? Vemos uma população que só se vê como nação em Copa do Mundo e em Olimpiadas, que vive querendo mais festas e feriados, isso tudo mostra o quão é pueril o estado mental dos Brasileiros, e por que falta o desenvolvimento analítico. Afinal, quem nunca se pergunta o porquê das coisas e aceita tudo como verdade universal, o que inclui as coisas mais bizarras e estranhas, como coisa normal não é certo não, tem algum problema grave. E por que focamos tanto o pensamento e capacidade analitica? Por que a critica nasce da analise dos fatos, e uma boa critica leva a auto-critica, que leva a uma melhora como pessoa e ser humano, consequentemente a uma maior coerência na hora de escolher nossos lideres. Nós colhemos o que plantamos, se a gente se baseia em motivos infundamentados para definir o futuro das nossas vidas, teremos também uma vida infundamentada, perdendo, inclusive, o direito de reclamar.